segunda-feira, 11 de abril de 2011

Desconhecida

Desconhecida

Não reconheço meu olhar...
Que a muito tempo se perdeu,
Nas curvas de uma estrada...
Nas encruzilhadas do meu eu.

Desconheço-me
Diante deste espelho...
Face de alguém oprimido,
Face de alguém em desespero.

Não me reconheço mais, me esqueço,
Sinto-me só...
Um espantalho da meia noite
Um punhado de pó.

Um ser omisso, sem voz.
Que não amanheceu com
A luz frouxa do nascer do sol.

Eu anoiteci, me esqueci...
Guardando-me para as estrelas
Não me reconheço mais...
Sou o fantasma da lua cheia.

 

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