segunda-feira, 11 de abril de 2011

Saudaçoes !

Ate breve !

A FORÇA DO MEDO

O medo bloqueou minha estrada,
limitou meu espaço, acorrentou minha alma,
travou meu passo.

O medo cercou minha trilha,
enforcou-me num laço,
calou minhas palavras, me tornou seu escravo.

O medo matou dentro de mim
uma semente chamada liberdade
aquela que brota com o vento
e semeia a felicidade.

O medo confinou meu ser
nas entranhas do destino,
num emaranhado como de um arame farpado,
arruinado e desprovido.

O medo me condenou, me batizou
com minhas lágrimas, selou minha boca,
cegou minha verdade, esfacelou meu sonho
e amordaçou minha vaidade.

O medo amputou minha força,
esquartejou minha coragem,
esfaqueou meu peito...
Tornou-me um covarde.

O medo escureceu meu brilho,
apagou minhas estrelas ,
Secou meu riacho ,
murchou minha flor...
Tornou-me seu capacho.

O medo quebrou o cristal polido,
estilhaçou em mil pedaços minha face
de vidro, não sou mais eu . Agora
sou apenas...
cacos perdidos.

Incinerado

Mate este amor...
incinere-o sem lamentos
nas chamas do fogo ardente
até se tornarem cinzas todo este
sentimento.

Lance as cinzas nos quatro cantos do vento,
para serem levadas na leveza dos pensamentos.
Serão cinzas do amor incinerado, nem preces nem
milagres o trará ressuscitado.

Amor renegado, veio do pó e ao pó será retornado.
Não rogue por mim, nem por este amor incinerado,
queime-o no fogo dos seus atos, que
estarei livre, espalhando as cinzas do passado,
livre como os pássaros...
livre como vento...
Não será eternizado. 

Desconhecida

Desconhecida

Não reconheço meu olhar...
Que a muito tempo se perdeu,
Nas curvas de uma estrada...
Nas encruzilhadas do meu eu.

Desconheço-me
Diante deste espelho...
Face de alguém oprimido,
Face de alguém em desespero.

Não me reconheço mais, me esqueço,
Sinto-me só...
Um espantalho da meia noite
Um punhado de pó.

Um ser omisso, sem voz.
Que não amanheceu com
A luz frouxa do nascer do sol.

Eu anoiteci, me esqueci...
Guardando-me para as estrelas
Não me reconheço mais...
Sou o fantasma da lua cheia.

 

Pensativa

Pensativa

Mãos no rosto,
Como quem esconde o desgosto
Dos dias cinzentos, do lodo,
De uma mente presa,
Que pensa o tempo todo.

Solidão que me desatenta,
Tornando-me mais sonolenta
Almejando sonhos de uma alma sedenta
Por mais lucidez e clareza.
Pensativa...
Alimentando-me de incertezas.

Boca entre aberta...
Palavras dispersas,
Fagulhas de pensamentos
De uma vida que tem pressa

O que me resta
Nesta tarde sem entregas?
Pensamentos que me acompanham
No espectro de uma fresta.

Pensativa...
Olhando da janela,
Vendo o dia partir com tanta pressa,
Deixando-me em sentinela,
Pensando em cada dia
Que a vida me leva.


O Teu Silêncio

O teu silencio

Corta-me o teu silêncio,
No meio do meu peito...
Como navalha amolada
Cortando aos poucos...
Cruel e gelada.

O teu silêncio me apaga
A única chama que me resta
A única luz que me arrebata

Um silêncio que me cala...
Que me amarra e sufoca
Na forca dos incompreendidos,
No nó que me enrosca.

O teu silêncio queima-me
Com febre de não te ouvir,
Arde como brasa dentro de mim,
Teu silêncio é como fogo
a me consumir.

E nas chamas deste teu silêncio
Resta-me falar por ti...
 

Longe de Mim Mesma !

Longe de mim mesmo!

Estou longe de mim mesmo,
Vagando em pensamentos,
Oprimindo meus sonhos,
Desprezando meus desejos.

Longe das fantasias,
Longe dos entusiasmos,
Vivendo a realidade
Sobrevivendo de um passado.

Estou longe de mim mesmo,
Vivendo o que mais temo,
De corpo cansado e alma morrendo!
Olhos vendados, pés amarrados
Punhos fechados, amargo veneno.

Longe de mim mesmo!
No suicídio dos meus dias,
Eu vou me entorpecendo,
Matando as alegrias,
Matando-me por dentro.

Estou muito longe!
Muito longe de mim mesmo!


 

Pelo Sinal da Santa Cruz

Desato os nós no emaranhado dos dias
cruzos os desafios, não me entrego a covardia,
a força que me mantém é a esperança que me guia
A luz que me iluminaé a chama que trago em meu peitosempre acessa e viva.Nada me detém,nada me crucifica,suplico aos céussuplico pela vida
Eu grito no infinito...
rogo pelas dores com a voz de um aflito!
De joelhos eu não me entrego
neste chão de labirintos.
Não quebro, não me estilhaço
feito cacos de vidro,
eu me refaço me fortaleço
livro-me das correntes do medo
livro-me do malifício
O PODEROSO CAMINHA COMIGO
FAÇO O SINAL DA SANTA CRUZ
LIVRANDO-ME DOS INIMIGOS.
 

Amor e Ódio

Eu te amo, com todo ódio que te tenho
Amo com o mais suave dos venenos
com o mais doce sentimento
com a dor mais profunda
de alguém chora em silêncio

****
Eu te amo....
com todo ódio que te tenho!
amo como a fragilidade de uma flor
amo como a força de um guerreiro.

****
Eu te amo
e te odeio!
com todos os sentimentos
como a tempestade que passa
como o assobio de um leve vento.
****
Eu te odeio, porque amo demais
este amor que te tenho!
 

Desconhecida


Não reconheço meu olhar...
Que a muito tempo se perdeu,
Nas curvas de uma estrada...
Nas encruzilhadas do meu eu.

Desconheço-me
Diante deste espelho...
Face de alguém oprimido,
Face de alguém em desespero.

Não me reconheço mais, me esqueço,
Sinto-me só...
Um espantalho da meia noite
Um punhado de pó.

Um ser omisso, sem voz.
Que não amanheceu com
A luz frouxa do nascer do sol.

Eu anoiteci, me esqueci...
Guardando-me para as estrelas
Não me reconheço mais...
Sou o fantasma da lua cheia.